quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Encontro mundial sobre amamentação vai lembrar os 40 anos do método canguru


Os 40 anos do método canguru, no qual o recém-nascido de baixo peso é mantido em contato pele a pele, na posição vertical, junto ao peito dos pais, serão lembrados durante o maior evento de aleitamento materno do ano, que vai acontecer entre os dias 11 e 15 de novembro, no Rio de Janeiro. Durante cinco dias, especialistas estarão reunidos para o XV Encontro Nacional de Aleitamento Materno e o V Encontro Nacional de Alimentação Complementar Saudável, que ocorrerão simultaneamente com a III Conferência Mundial de Aleitamento Materno e a I Conferência Mundial de Alimentação Complementar.
O evento, no Centro de Convenções Sul América, no Estácio, será realizado pela IBFAN – Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar (International Baby Food Action Network), com o apoio do governo brasileiro e de universidades públicas.
Com o tema "Amamentação como um direito humano a ser protegido", o evento terá a presença de Cesar Victora, um dos principais nomes de amamentação do mundo, além de convidados internacionais, como o advogado David Clarck, representante da Unicef/Nova York, e Laurence Grummer-Strawn, técnico da organização Mundial da Saúde e ex-chefe do Setor de Nutrição dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.
- A amamentação é um direito humano, assim como a alimentação complementar para o bebê. Por isso, é fundamental que a gente possa dar subsídios para empoderar mães e pais na questão da amamentação exclusiva - explica Maria Inês Oliveira, presidente nacional do encontro.
O evento será precedido pelo ato público conhecido como “Mil Mães Amamentando”, no dia 11 de novembro, que pretende reunir mais de mil mulheres nos jardins do Museu de Arte Moderna (MAM), Parque do Flamengo. O site do XV Encontro Nacional de Aleitamento Materno é https://enam.org.br/index.php
Fonte: Jornal Extra

domingo, 11 de agosto de 2019

Apoio do pai influencia na amamentação, mostram estudos

Conselho de Dia dos Pais: o bebê chorou pedindo "mamá" de madrugada? Pense duas vezes antes de virar para o outro lado da cama e deixar a sua esposa amamentando sozinha. Estudos recentes realizados em vários lugares do mundo revelam que mulheres que contam com a presença e o apoio social e afetivo do pai do bebê amamentam por mais tempo. E isso impacta diretamente no desenvolvimento da criança, evita doenças e aumenta os laços entre pais e filhos. 

Segundo o pesquisador da Fiocruz e co-autor de um dos estudos, Cristiano Boccolini, mais do que a presença do pai, a mãe precisa perceber que tem o apoio: ele precisa apoiar e, ela, se sentir apoiada emocionalmente, principalmente. “Estou publicando um artigo que mostra o que muitas vezes os números sozinhos não mostram, que é essa questão subjetiva da percepção do apoio que a mulher tem do homem. Isso é complicado de medir. Mas uma coisa é fato: não adianta o pai estar só ali. Ele precisa demonstrar que se preocupa com a questão da amamentação e da saúde da mulher e do bebê com atitudes”, afirma o pesquisador,  que vai lançar o estudo no XV Encontro Nacional de Aleitamento Materno (XV ENAM), que acontece de 11 a 15 de novembro no Rio de Janeiro. 

O artigo de Cristiano revela que o apoio social aumenta em 75% as chances da mãe amamentar até os seis meses de idade, e mais do que dobra as chances de ela continuar amamentando até o primeiro ano de vida. Um segundo estudo realizado no Rio de Janeiro e que também será debatido no Encontro mostra que as mães que podem contar com a presença do pai do bebê no dia a dia tem 72% de chance a mais de fornecer aleitamento exclusivo para seus bebês. 

A presença dos pais no momento do aleitamento - principalmente nas primeiras semanas pós-gestação - também foi comprovada por pesquisadores americanos que estudaram os efeitos da lei sueca de 2012 que permite aos pais até 30 dias de licença durante o primeiro ano de vida de um filho, independente da licença maternidade da mãe. O resultado foi positivo não só para a amamentação, mas também para a saúde da mulher, que ficou menos ansiosa (o que facilita na produção do leite) e precisou de ir menos vezes ao hospital, ou seja, adoeceu menos. 

"Esses estudos mostram que mães que não podem contar com a atuação do pai da criança logo depois do parto têm mais problemas de saúde do que mães que têm a presença do pai. Mas a boa notícia é que os pais de hoje são diferentes dos pais das gerações de 30, 40 anos atrás. Eles estão mais conscientes e percebem o papel que têm na formação da criança e na amamentação", afirma o pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Marcus Renato de Carvalho, que irá comandar a mesa "O papel do pai na amamentação e cuidados da criança" durante o XV Encontro Nacional de Aleitamento Materno.

DIVISÃO DE TAREFAS EM CASA

Cristiano Boccolini, além de pesquisador, é pai da pequena Gia Elena, de um ano e meio. Em casa, ele tenta aplicar no dia a dia o que escreve em seus estudos: a divisão de tarefas e o apoio à esposa Patrícia de Moraes, que também é pesquisadora.  

“Eu consegui ficar um mês e meio em casa com a minha esposa quando tivemos a Gia porque emendei a licença com as férias, mas depois que voltei à rotina do trabalho, ficou mais pesado para a Patricia. Eu reduzi um pouco a minha carga de trabalho para poder estar junto dela”, conta.

“Há um ano, desde que a Patricia voltou a trabalhar, nós temos uma rotina que eu sei que ainda é um pouco mais pesada pra ela do que para mim. Enquanto ela cuida de tarefas domésticas, eu cuido da Gia, dou banho, brinco, distraio, dou comida. E enquanto ela amamenta, eu preparo o jantar e o almoço do dia seguinte”. 

 A AMAMENTAÇÃO COMO UM DIREITO HUMANO

A amamentação como um direito humano a ser protegido será o tema do XV Encontro Nacional de Aleitamento Materno (ENAM) e o V Encontro Nacional de Alimentação Complementar Saudável (V ENACS), que ocorrerão simultaneamente com a III Conferência Mundial de Aleitamento Materno (3rd WBC) e da I Conferência Mundial de Alimentação Complementar (1st WCFC) e acontecem de 11 a 15 de novembro no Centro de Convenções Sul América. 

Na programação, lançamentos de estudos inéditos, debates, palestras e rodas de conversa irão abordar os direitos das mulheres e das crianças, o direito à alimentação saudável e a proteção legal à maternidade, a paternidade e outros. 

Os eventos serão precedidos pelo ato público conhecido como “Mil Mães Amamentando”, no dia 11 de novembro e pretende reunir mais de mil mulheres nos jardins do Museu de Arte Moderna (MAM), Parque do Flamengo. O evento de mães é gratuito. Para participar do encontros sobre amamentação, acesse o site https://enam.org.br/index.php e faça a sua inscrição. 

COMO O PAI PODE APOIAR A AMAMENTAÇÃO

  • Oferecer água e frutas frescas para a mãe enquanto ela amamenta
  • Auxiliar nos afazeres doméstico
  • Acompanhar mulher no pré-natal e realizar os exames necessários e solicitados
  • Evitar situações de estresse e hábitos inadequados
  • Cuidar dos outros filhos
  • Incentivar a mãe a não interromper a amamentação
  • Compartilhar com a parceira os cuidados com a criança como: dar banho, trocar fraldas e roupas, alimentar seu(sua) filho(a), colocar para dormir, entre outros.
  • Acompanhar nos cuidados com a saúde, levando a criança para realizar consultas e para tomar vacinas.
  • Acompanhar a criança na escola/creche e nos estudos de casa
  • Brincar e passear com bebê
  • Respeitar a parceira


AGOSTO DOURADO

A Semana Mundial de Aleitamento Materno - que terminou na última quarta-feira, dia 7 de agosto, foi lançada em 1992 pela Aliança Mundial para Ação em Amamentação com objetivo de promover, proteger e apoiar a amamentação, buscando apoio dos governos e dos diversos setores da sociedade. A SMAM é o momento mais importante do ano para os fomentadores da causa, visando a construção de alianças que fortalecerão as políticas e programas de aleitamento materno e alimentação infantil. A semana faz parte ainda do Agosto Dourado, mês que simboliza a luta pelo incentivo ao aleitamento materno, com intuito de reforçar a importância do ato para a saúde da mãe e do bebê, reduzindo riscos de muitas doenças. A cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno. 

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Presença do pai na amamentação é tema de seminários no Rio de Janeiro na Semana Mundial do Aleitamento Materno

A Secretaria de Estado de Saúde realiza, na manhã desta quarta-feira (7), o XXV Seminário Estadual da Semana Mundial da Amamentação, celebrada na primeira semana de agosto. O evento, que acontece em parceria com o Hospital Federal dos Servidores do Estado e a Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno (WABA, na sigla em inglês), tem como tema o empoderamento de mães e pais em favor da amamentação e irá reunir profissionais de diferentes cidades, além de representantes da sociedade civil.  

– Nos primeiros meses de vida, o bebê que mama no peito, além de não precisar de nenhum outro alimento, tem o vínculo fortalecido com a mãe. Além disso, agora estamos fortalecendo também a participação cada vez mais forte da presença do pai em todas as etapas – explica o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos. 

A presença paterna na amamentação também será debatida durante o XV Encontro Nacional de Aleitamento Materno (ENAM), que acontece de 11 a 15 de novembro no Rio de Janeiro e está com as inscrições abertas. Segundo o professor de Medicina da UFRJ Marcus Renato de Carvalho, que comanda a mesa "O papel do pai na amamentação e cuidados da criança", diversos estudos mostram que, quando a licença paternidade é maior, também aumenta o tempo em que o bebê se alimenta exclusivamente com o leite da mãe.

"Os estudos também mostram que as mães que não podem contar com a atuação do pai da criança logo depois do parto têm mais problemas de saúde do que mães que têm a presença do pai. Mas esse é um cenário que, felizmente, está mudando", afirma Marcus Renato. 

"Os pais de hoje são diferentes dos pais das gerações de 30, 40 anos atrás. Eles estão mais conscientes e percebem o papel que têm na formação da criança e na amamentação. Esse é um tema que vamos discutir no congresso e que também faz parte da Política Nacional de Atenção ao Homem do Ministério da Saúde", explica. 


A IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO 

O leite materno é, de modo geral, o melhor alimento para o bebê nos primeiros meses de vida. Ele hidrata, nutre, sustenta e ajuda a reduzir em até 20% a mortalidade dos recém-nascidos. A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que o leite seja o único alimento do bebê até os seis meses de vida e que a criança seja amamentada até os dois anos ou mais.

Sala de amamentação na SES

Mulheres que trabalham na sede Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro que voltam da licença maternidade podem, durante a jornada de trabalho, retirar seu leite, conservá-lo no freezer e levá-lo para casa no final de expediente. A sala, além de atender uma recomendação do Ministério da Saúde, garante mais conforto e tranquilidade às mães na volta ao serviço.

Apesar da recomendação do Ministério, o Brasil ainda conta com poucos ambientes de apoio à mulher trabalhadora que amamenta. As salas são espaços no próprio local de trabalho onde as mulheres que voltam da licença maternidade podem alimentar seus filhos.

Banco de Leite
Na rede estadual de saúde, é possível doar leite materno através de dois bancos de leite. No Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, e no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias.

Mulheres saudáveis que amamentam e não tomam medicamentos que interfiram na amamentação e na doação podem ser doadoras de leite materno. O leite das pacientes internadas é coletado na própria unidade com a ajuda de uma equipe multidisciplinar que atende as lactantes. Já as mulheres que doam em casa, a coleta é feita sob orientação do hospital. Não existe quantidade mínima para ser doada e a mulher pode realizar o procedimento quantas vezes quiser na fase de amamentação. Cada litro leite pode beneficiar até 10 bebês internados.

Semana Mundial e Agosto Dourado

A Semana Mundial de Aleitamento Materno foi lançada em 1992 pela Aliança Mundial para Ação em Amamentação com objetivo de promover, proteger e apoiar a amamentação, buscando apoio dos governos e dos diversos setores da sociedade. A SMAM é o momento mais importante do ano para os fomentadores da causa, visando a construção de alianças que fortalecerão as políticas e programas de aleitamento materno e alimentação infantil. A semana faz parte ainda do Agosto Dourado, mês que simboliza a luta pelo incentivo ao aleitamento materno, com intuito de reforçar a importância do ato para a saúde da mãe e do bebê, reduzindo riscos de muitas doenças. A cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno. 

Sobre o XV Encontro Nacional de Aleitamento Materno (ENAM)  

De 11 a 15 de novembro, o Rio de Janeiro sediará o XV Encontro Nacional de Aleitamento Materno (ENAM) e o V Encontro Nacional de Alimentação Complementar Saudável (V ENACS), que ocorrerão simultaneamente com a III Conferência Mundial de Aleitamento Materno (3rd WBC) e da I Conferência Mundial de Alimentação Complementar (1st WCFC) no. 

Os eventos serão precedidos pelo ato público conhecido como “Mil Mães Amamentando”, no dia 11 de novembro e pretende reunir mais de mil mulheres nos jardins do Museu de Arte Moderna (MAM), Parque do Flamengo. O evento de mães é gratuito. Para participar do encontros sobre amamentação, acesse o site https://enam.org.br/index.php e faça a sua inscrição. 

Destaques do Pré- ENAM

Na segunda-feira (11) e terça-feira (12), acontecerão as nossas atividades Pré-ENAM, com o intuito de oferecer formação e vivências complem...